(...) Sofro de ausências: algumas eventuais e outras
poucas, constantes... Mas também há muitas daquelas consideradas eternas. Quando
me sento no meio fio da vida não é apenas por nostalgia ou autopiedade. É
também para alinhavar os retalhos de algumas distâncias fortuitas com seletas
proximidades serenas, projetando o patchwork do meu cotidiano, que assim se
torna mais alegre e menos dolorido. E
assim a vida segue, sem sustos ou entreveros. Exceto aqueles do dia a dia da
convivência longeva, pois aí já é querer demais que venha a ser diferente. Suportam-se
as ausências e entreveros, ainda que doa na alma de vez em quando. Fazer o quê,
se a vida é assim? (...)
© Marcos Gimenes Salun
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