(...) Tem que pegar
primeiro. Uma boa pegada. Aí, olho no olho, que é pra crescer a vontade. Deixe
a aproximação ser natural, suave... Sem pressa nenhuma. A pegada tem que ter
sido do jeito certo. Sabe como? Suave, com delicadeza. Nada de pressa. Deixe o
encaixe ir se projetando por si. Então insinue um gesto, mas não o complete:
refugue. Depois repita essa insinuação, mas permita sentir o doce aroma do
beijo. Não interrompa caso os lábios se toquem, mas faça-o com suavidade e
deleite. Permita um roçar de lábios bem suave. As línguas podem se tocar nessa
hora, mas sempre com vagar e delicadeza. Então deixe que os olhos, que antes se
miravam vasculhando a alma um do outro, se cerrem vagarosamente. Permita apenas
os perfumes e o tato. O contato e a busca dos lábios um do outro, das línguas
que se enroscam e se permeiam. Então os corpos se ajustam e se encaixam
perfeitamente.(...)
© Marcos Gimenes Salun
© Marcos Gimenes Salun
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