BORBOLETEANDO



(...) O Ser humano é mesmo uma eterna incógnita. Tem uma trajetória tão efêmera como a de uma borboleta azul pairando aqui e acolá. A diferença é que borboletas azuis têm uma leveza natural, o que as tornam belas aos olhos de quem as conheça. Já o Ser humano costuma ter uma prepotência e uma ignorância quase inatas do que pode ou não pode ser, o que o torna um fardo pesado e desajeitado em muitos momentos. Borboletas amadurecem e completam seu ciclo com dignidade. Já o Ser humano, nem sempre. “Nem a juventude sabe o que pode, nem a velhice pode o que sabe", disse Saramago em "A Caverna". A falta dessa consciência é que torna o Ser humano tão distante das borboletas azuis, pois ele sempre pretende ser o que não é de verdade. Já as borboletas azuis são sempre autênticas e belas, por mais efêmeras que sejam.(...)
© Marcos Gimenes Salun

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