CUMPLICIDADE


(...) Dividir segredos, que por isso, deixam de ser segredos. Dividir o corpo e a alma em confissões. Apropriar-se do alheio em surdina. Aprimorar-se na decifração de sons, sensações, palavras, trejeitos e coisas afins que não lhe são de direito. Saber e não confessar. Confessar sem saber. Querer sem poder. E ter. Tudo isso exalta os sentidos e aprisiona a alma na mais completa cumplicidade. É pecado mortal, capital ou apenas uma (a)normalidade permissiva? Quem não é cúmplice de si mesmo? (...)

© Marcos Gimenes Salun

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