(...) Há algum tempo atrás o meu conceito
para coisas que deveriam durar ad
perpetuam rei memoria era bem diferente do que constatei hoje, enrolando
uma mangueira de jardim, logo pela manhã. Minha mulher, comandando a operação,
dizia: “Se a gente enrolar como estou falando, esta mangueira vai durar para
sempre”. Eu não disse nada, mas pensei: “Claro! Afinal, o nosso ‘para sempre’
já está bem mais plausível para se acreditar hoje em dia do que há algum tempo.
A maioria dos produtos que temos atualmente, com toda sua obsolecência
planejada, há de durar bem mais do que nós.”
Eles é que hão de durar para sempre, já que não os veremos sucumbir. (...)
© Marcos Gimenes Salun
© Marcos Gimenes Salun
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