O sol que nasce e que se põe. A respiração.
Uma flor se abrindo. Cores. Uma onda esmorecendo para ressurgir. Um abraço. O
espreguiçar e a maciez de um gato. A luz de uma manhã de primavera. Fome. Um
abandono qualquer. Gratidão. Uma lágrima. Nó na garganta. Serenidade. Justiça
que (não) acontece. Uma nuvem solitária no céu. A imensidão de uma paisagem. O
vazio de uma solidão. A tessitura de um amanhecer.
O poente. O choro incompreendido de uma
criança. Desapegos. Os matizes da aurora. Ingratidão. A intensa agonia do
sofrimento. Morte. O gozo. A irrepreensível agonia da morte. Uma delicadeza
qualquer. A incompreensão da morte. A incompreensão da vida. A incompreensão.
Um silêncio interminável. A sabedoria. Um azul intenso. A efemeridade do azul.
A efemeridade ainda maior de uma borboleta azul. Um sono sem sonhos. Um céu nublado. Pesadelos.
A urgência. A brevidade. A volúpia dos acontecimentos. O insulto. O perdão. A inversão
de valores. Uma queda livre. A culpa. Um
pouso suave. Arrogância. Chegar. Partir. Julgar. Voltar. A complexidade do
regresso. A brevidade de uma brisa. Uma rachadura no solo árido. A mentira.
Degeneração. A possibilidade de voar dos pássaros e borboletas. A verdade. A
agonia da falta de asas. A fome. Começar uma desavença. Odiar. Incompreensão.
Um perfume inesquecível. O arrependimento. Todas as cores de um camaleão.
Saudades. Perfume de pão. Pele. Falsidade. Reencontros. Uma nota dissonante.
Uma melodia inebriante. Um toque suave.
O beijo. Aroma de banho. Sinceridade. Compreensão.
Infinito. O paraíso. Et cetera.
© Marcos Gimenes Salun
© Marcos Gimenes Salun
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